segunda-feira, 4 de maio de 2020

Ainda Posso Te Chamar De Irmão?


Vou começar a postar alguns versos aqui. Não sou nenhum profissional, apenas quero me expressar de alguma forma, e essa é a minha plataforma. Espero que esse poema desperte alguma coisa dentro de quem está lendo.

Você anda do outro lado da rua, olhando pro lado de cá
Você costumava rir da minha risada... Ainda posso te chamar de irmão?
Sua blusa manchada de comida, a correria na calçada esburacada
As ruas se embaralham enquanto eu tento lembrar
O endereço que está escrito na placa enferrujada

Uma voz que calava todas as outras, em silêncio
Uma vontade de ouvir além dos murmúrios e dos sussurros
Os irmãos estavam caminhando sozinhos
Tentando encontrar uma esquina para descansar os pés
Parando para tomar um fôlego; o chinelo se dissolvendo no asfalto

Você consegue medir o peso das nossas diferenças?
O peso das batidas de um coração? O peso de uma voz?

Colocadas contra a parede nossas diferenças não são maiores do que nossas esperanças
Uns aos outros vamos nos escutar
Esperar a chuva passar em algum canto

Somos irmãos de cores diferentes
Mas não somos assim tão diferentes
Somos, meu irmão?
Não precisamos dizer como nós estamos
Para a satisfação de quem quer que seja

(Lucas Campos)

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Alicia



Estou disponibilizando aqui minha história “Alicia”, escrita no ano passado.

É um conto adolescente, que trata do primeiro amor e tenta resgatar alguns sentimentos através de detalhes e de lembranças de uma certa pessoa. Enfim, é um conto mais despretensioso, e bastante pessoal, eu tenho um carinho bem especial por ele. É a primeira vez que libero esse trabalho em PDF, e não cheguei a mostrar pra ninguém ainda.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Confissão


Estamos sempre brigando pelos motivos mais idiotas. Às vezes eu só queria entender porque estamos sempre arrumando brigas desnecessárias. Porque perdemos tempo tentando desfazer laços? Machucar os outros? Dar motivos para continuarmos magoados? As mágoas não se desfazem sozinhas, elas se perpetuam se não forem esclarecidas, aprisionadas em nós se não sentarmos e expormos nossos problemas. Talvez os problemas não devam ser expostos. Mas brigas desnecessárias tornam-se maiores do que deviam. E eu sempre sinto depois que estou sendo injusto com os outros. Desonesto comigo mesmo.

Eu não queria brigar tanto. Eu sempre me arrependo. Sempre sinto que fiz a coisa errada quando eu faço essa escolha. A escolha de dar lugar ao ódio quando deveria dar lugar à compreensão. E muitas vezes, faço isso cegamente. Deixei de ter do meu lado pessoas que eu tinha tanta consideração, pelos motivos mais idiotas. 

O difícil é consertar a confiança. Ter essas pessoas de volta do seu lado. Ser entendido. Mas... quem entende?

Eu sinto muito.
Nem sempre o perdão é gratuito. Mas é a única chave.